EBITDA, o queridinho dos investidores.

O mundo de BI não é feito somente pela parte técnica de desenvolvimento, saber de negócios é fundamental e até um diferencial!

Hoje quero falar sobre EBITDA, ou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (LAJIDA).

É um indicador financeiro que pode ser encontrado na DRE (Demonstração de Resultado do Exercício), e de forma direta é a capacidade de gerar caixa somente com a atividade fim da empresa, desconsiderando todo o resto que não diz respeito a atividade operacional dela.

Para calcular esse indicador, somamos ao lucro líquido a depreciação, que é a diminuição do valor dos ativos físicos, como máquinas e imóveis. Também incluímos a amortização, que é a diminuição dos ativos intangíveis, como marcas, patentes e direitos. Além disso, agregamos também o resultado financeiro (representado na fórmula como juros), e por fim o imposto sobre o lucro também deve ser somado.

O retorno dos valores de depreciação e amortização se justifica mesmo sendo itens da atividade fim, pois não existe uma saída física de recursos com essas reduções e sim uma provisão futura, que para fins de análise de caixa, não se justifica a sua inclusão nesse momento.

Mas se temos o lucro líquido, por que esse indicador é tão importante?

Bem, o lucro líquido está contaminado por vários outros acontecimentos que não estão diretamente ligados a atividade fim, como por exemplo variações cambiais, venda de ativos, financiamentos, juros e outros, evidenciados abaixo em nosso exemplo.

Por isso que o EBITDA é tão valioso, pois ele mede o desempenho da empresa de forma ‘pura’, permitindo que o analista ou o investidor saiba exatamente se aquela empresa é viável ou não.

A margem EBITDA é a parcela da receita que efetivamente foi transformada em caixa operacional e é encontrada dividindo o valor do EBITDA pela receita líquida da empresa, chegando assim em um valor percentual que pode ser utilizado para fins de comparação de empresas, setores e outras dimensões.

Quando fazemos isso com o nosso exemplo abaixo, percebemos que a atividade fim dessa empresa está tendo uma redução de capacidade de caixa (EBITDA) ao decorrer desses anos, fator este que serve de alerta aos tomadores de decisão.


Porém quando olhamos somente a última linha, ou seja, o lucro líquido a empresa está estável e de certa forma até com um leve crescimento, olha que interessante isso, a margem EBITDA caindo e o lucro não?

Isso revela o quanto é importante esse indicador, pois essa informação de que a atividade fim está em queda não seria revelada se não estivéssemos analisando o EBITDA. Então podemos afirmar que essa empresa está sofrendo influência de outras movimentações além da sua atividade fim, para a composição do seu lucro.

Então é recomendado analisar o EBITDA juntamente com outros indicadores para potencializar as conclusões e ainda comparar o mesmo de forma temporal, evidenciando tendências a curto e longo prazo.

Agora voltando ao que mencionamos no início desse texto, trabalhar com BI vai muito além da técnica de desenvolvimento, é preciso entender de negócios, saber onde está o “X” da questão, quais indicadores são relevantes e onde eles impactam no negócio do cliente.

Agora que já sabemos a importância e o conceito por traz do EBITDA podemos fazer algumas análises dinâmicas dentro dos Cenários de BI em: bit.ly/DRE_BI